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MARIANNA | A menina que dormia em qualquer canto

05/06/2010

Muitas são as lembranças que dançam em minha memória, dos tempos de minha infância... daqueles tempos de tantas histórias!

Lembro-me daqueles dias...
Nós já éramos 5 quando ela nasceu. Uma menininha de olhos bem azuis e cabelos cor-de-mel. Assim que chegou, o berço ainda estava ocupado; então, ela ia dormir no cestinho de vime, todo arrumado com babados e fitas, especialmente preparado para ela.

Não sei bem por que motivo, em um desses dias, logo após ter chegado da maternidade, alguma coisa aconteceu...
e, por algumas horas, minha mãe resolveu colocá-la pra dormir na gaveta de cima da cômoda.
Que coisa admirável!!!
Ter um bebê dormindo na gaveta da cômoda!!!
Que tempos mágicos foram aqueles!
Daquela casa cheia de crianças...
do quintal, das árvores, das flores, da horta... das galinhas e tantos outros bichos...
da casa...sempre limpa, cheirando a comida gostosa.

Foi assim que começou a historia que virou lenda... da irmãzinha “que dormia em qualquer canto”.

Ela chegou em um tempo de muitas mudanças, ou, foi sua chegada que provocou muitas mudanças... talvez um pouco de cada.
A casa estava ficando muito pequena, os quartos cheios de camas. Assim, quando o cestinho ficou pequeno, ela passou para o berço...
a Cê foi para a cama, e eu, que era a mais velha, fui dormir no quarto com a minha avó...
ganhei de presente a possibilidade de ver as estrelas todas as noites antes de dormir.

Antes que ela completasse seus 3 anos, mudamos pra casa grande da Pierre Curie.
Ela já andava por toda a casa... e sempre acabava dormindo em algum lugar inesperado...
deixando a todos “desesperados” para encontrá-la. O medo era que ela pudesse ter ido para a rua.
Esta casa não tinha as escadas e o portão... o portão dava direto para a rua e, muitas vezes, nós o encontrávamos aberto.

Outra historia, que se junta a essa foi que, um pouco mais tarde, ela já era maiorzinha, já com outra irmãzinha pequena, e, à noite, após o jantar, resolvi levá-la para a cama, pois tinha dormido no sofá da sala. Quando estava subindo as escadas, com ela nos braços, ela escorregou e encostou, “de leve”, com a cabeça no degrau. Mas, com o susto, CHOROU MUITO.
E fez com que outra lenda se criasse: a que tinha batido com a cabeça e se machucado muito.
Assim se constroem historias. Histórias de família, que se tornam lendas e que podem, depois, ser contadas...
mas nunca se sabe que lugar e significado vão ter no imaginário de cada um,
nem que desdobramentos podem ter tido...

Suely Laitano Nassif



 
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